25 de jun. de 2010

País das Maravilhas fúteis.


Vou-me embora para o shopping. Não me esperes.

Chego tarde. 
Preciso largar o nosso lar por momentos e visitar um absurdo qualquer, que não seja muito analisável e questionável, que não represente nada emocional.
È época de saldos e apetece deitar fora o estúpido do dinheiro que de qualquer 
forma parece sempre pouco e nos faz andar a matar neurónios para arranjar forma 
de fazer mais e mais.
Vou-me embora em busca das pessoas com olhar perdido nas montras e mãos
pesquisadoras em busca da qualidade dos tecidos e das etiquetas.
Vou-me embora para sentir o cheiro nojento da gordura. 
Vou-me embora para as escadas rolantes, para ser levada e elevada, para sentir o motor 
aumentar a velocidade e pensar que cresço mais uns centímetros.
Vou-me embora e só volto lá para a meia-noite que é a hora que a mesquita comercial encerra, hora em que acabará em terapia breve, fútil, mas eficaz.
Vou-me embora para adorar sacos de papel com cordinhas a fazer de pegas 
que me dão mesmo que só compre uma coisinha pequenina. 
E compro várias coisinhas pequeninas para ter sacos distribuídos pelas duas mãos e me sentir no rodeo drive.
Se queres que te compre algo, manda-me uma mensagem.
Vou-me embora, qual Alice, para o país das maravilhas fúteis. 


Olhe para o outro lado, alcance o indefinido Curioso pra saber o que ela não sabe...
Ande através do ar vazio, revele o que não existe lá
A fantasia, ela olha o mundo de espelhos

É tudo como parece ser? ou apenas são sonhos dentro de um sonho?
(sonhos dentro, sonhos dentro de um sonho...)

Como se ela estivesse aqui antes, trancada atrás da porta
Presa dentro do aperto das mãos místicas...
Tudo é tão estranho, os mesmos mas reorganizados
Através do olhar de um pássaro - pode isso tudo ser verdade?

[...]
Alice...Alice...Corra Alice...Corra...

E ali ela parou, em mistério
Procurando pelo último elo com o interior, um sonho dentro de um sonho
(sonho dentro de um sonho)

"Eu não estou com medo"

[...]
"parem com todas as mentiras, todas as questões estão confusas"
Responda os enigmas que se contradizem
Perdendo a esperança, a criança chora...

Sonhando...
Você acredita... que ttodas as coisas que vc está vendo são verdadeiras?
"o começo é onde o fim lhe conduz"
Você acredita... que tudo é tão desfigurado como deveria perceber?
"siga as respostas e em breve você acreditará..."
Escape do sonho como um livro não escrito
aqui à meus pés escondem-se o cavaleiro, a rainha e a torre.

♪ symphony x ~ through the looking glass

21 de mai. de 2010

S H E


Juntou todo o preto e vazio que restou por ai. Por dias viu o invisível. Tocou o intocável, conheceu o gosto amargo de não sentir.

Andou perdida, vagando pelas ruas, tentando entender porque as pessoas estavam sorrindo se o mundo tinha perdido o tom, deixado ela descalça, nua, sem endereço de volta. Se perguntava porque o dia passava tão devagar, e a noite não tinha fim.
Certas coisas...
Ela tentou usar a saia nova para surpreender. Começou a usar perfume mesmo sendo alérgica. Usava meias pretas e sorria de canto para não estravazar. Dançou, sussurrou, sentiu, respirou...

Gritou para o Mundo. Beijou na rua, não temia felicidade. Abriu os braços, deixou a possibilidade entrar, e na mesma intensidade viu partir...
Abra os olhos... Disse a si mesma, num gesto de desespero.
Vou mudar, posso apostar Ela em algum momento já foi Você. ;)

ouvindo: Enigma - Fear & Love

S H E


Juntou todo o preto e vazio que restou por ai. Por dias viu o invisível. Tocou o intocável, conheceu o gosto amargo de não sentir.

Andou perdida, vagando pelas ruas, tentando entender porque as pessoas estavam sorrindo se o mundo tinha perdido o tom, deixado ela descalça, nua, sem endereço de volta. Se perguntava porque o dia passava tão devagar, e a noite não tinha fim.
Certas coisas...
Ela tentou usar a saia nova para surpreender. Começou a usar perfume mesmo sendo alérgica. Usava meias pretas e sorria de canto para não estravazar. Dançou, sussurrou, sentiu, respirou...

Gritou para o Mundo. Beijou na rua, não temia felicidade. Abriu os braços, deixou a possibilidade entrar, e na mesma intensidade viu partir...
Abra os olhos... Disse a si mesma, num gesto de desespero.
Vou mudar, posso apostar Ela em algum momento já foi Você. ;)

ouvindo: Enigma - Fear & Love

Mil Visitas!!!




Coloquei um novo template aqui, o que acharam?
Porém é provisório... estou voltando a mexer com Web e tals... quem sabe eu consigo melhorar por aqui!

Bjs,
Gabi

26 de abr. de 2010

O mar...


Quantas vezes você já fitou o mar e pensou na vida? Lulu Santos diz na música que “a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito”.

Houve um tempo em que eu acreditava que as pessoas olhavam tanto o mar para que as ondas trouxessem uma resposta... isso de esperar que as coisas aconteçam e que algo te mova, talvez a pancada das ondas no corpo dessem uma sensação de estar vivo.

Hoje eu olho pro mar e respiro fundo, não espero mais respostas, eu me encho...
Me encho de mim e respiro fundo, a onda bate, mas quando eu respiro fundo e me encho de mim, minhas costas ficam largas, viro de costas e a onda bate, ela não me move, agora sou obstáculo.

O mar...


Quantas vezes você já fitou o mar e pensou na vida? Lulu Santos diz na música que “a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito”.

Houve um tempo em que eu acreditava que as pessoas olhavam tanto o mar para que as ondas trouxessem uma resposta... isso de esperar que as coisas aconteçam e que algo te mova, talvez a pancada das ondas no corpo dessem uma sensação de estar vivo.

Hoje eu olho pro mar e respiro fundo, não espero mais respostas, eu me encho...
Me encho de mim e respiro fundo, a onda bate, mas quando eu respiro fundo e me encho de mim, minhas costas ficam largas, viro de costas e a onda bate, ela não me move, agora sou obstáculo.

15 de abr. de 2010

Recomençando a escrever...

Para recomeçar a escrever, é preciso ler, hoje vou citar aqui no blog um texto que gosto muito e que recentemente, respondi algumas perguntas sobre ele em uma prova.

O homem prende-se com muitas coisas inúteis: a riqueza, a ambição, interesses mesquinhos; vive emaranhado numa teia. De forma que não tem tempo de ver, nem de ouvir, nem de se conhecer. Quantas criaturas existem que nunca olharam para o céu? A natureza, árvores, montes, rios, esse pélago que entrevejo do meu quarto deixa-os indiferentes; as horas de preguiça e sonho deixam-nos indiferentes. Nunca tiveram tempo para amar as coisas simples e grandes da vida. O que é eterno não no viveram. Por mim antes quero comer pão e cismar, deixar correr as minhas ideias como um regato corre – até onde tem água. Alguns morrem sem terem reparado que existiram.
(Os Pobres, de Raul Brandão)

Estou voltando a escrever novamente, em breve postarei textos meus novos por aqui.
Pra quem gosta, aguarde e confie! :) hehehe

Um grande beijo.
=*

Recomençando a escrever...

Para recomeçar a escrever, é preciso ler, hoje vou citar aqui no blog um texto que gosto muito e que recentemente, respondi algumas perguntas sobre ele em uma prova.

O homem prende-se com muitas coisas inúteis: a riqueza, a ambição, interesses mesquinhos; vive emaranhado numa teia. De forma que não tem tempo de ver, nem de ouvir, nem de se conhecer. Quantas criaturas existem que nunca olharam para o céu? A natureza, árvores, montes, rios, esse pélago que entrevejo do meu quarto deixa-os indiferentes; as horas de preguiça e sonho deixam-nos indiferentes. Nunca tiveram tempo para amar as coisas simples e grandes da vida. O que é eterno não no viveram. Por mim antes quero comer pão e cismar, deixar correr as minhas ideias como um regato corre – até onde tem água. Alguns morrem sem terem reparado que existiram.
(Os Pobres, de Raul Brandão)

Estou voltando a escrever novamente, em breve postarei textos meus novos por aqui.
Pra quem gosta, aguarde e confie! :) hehehe

Um grande beijo.
=*

10 de jan. de 2010

Resumindo...



























Passei por muitas experiências, vivi algumas ao extremo, sorri, chorei, tentei, busquei, mudei, mudaram, senti, cuspi, alegria, felicidade, lágrimas, tristeza, raiva e rancor, por que tudo isso? Por que eu preciso escrever! Sim, ouvi esses dias que o poeta se faz na dor, e é verdade! Talvez seja difícil entender ou explicar, mas todo aquele que se propõe a escrever, ao qual os outros chamam de poeta (embora nem sempre você acredite que seja) deve viver antes de escrever!

É simples assim, como falar de amor, quem sequer se apaixonou? Como falar em abandono, quem nunca se sentiu ao lado de alguém? Como falar em luta, se nunca se esteve na guerra? O preço é alto, e é difícil de entender! Quantas vezes me questionei o óbvio? Quantas vezes me perguntei que agonia era essa? Por que insisti? Por que fui insana? Por que tive a tranqüilidade nas mãos e escolhi a incerteza? Por que ouvi a mesma música todos os dias e a cada dia ela tinha um significado diferente? Por que corri atrás do impossível? Por que ouvi coisas como cabeçuda? Por que deixei que subestimassem minha inteligência? Por que me fiz de fraca? Por que fui forte e durona? Por que tentei? Por que esqueci? Por que não mudei o rumo? Por que não fiz o que todos fariam?

Por que precisava escrever, provar para mim mesma que podia ser diferente e feliz, a dor acompanha os poetas, não posso abrir mão dela, posso afirmar com convicção e certeza de que fui muito feliz e serei mais ainda. E sou consciente de que poucos irão entender, talvez nem eu mesma entenda, mas eu preciso escrever! Ainda que me julguem louca, ainda que passe por burra, ainda que eu tenha que continuar abrindo mão de tudo sempre... vale a pena se eu puder escrever sobre isso...

Então se quiser saber onde estou e como será meu próximo ano, procure nas minhas linhas, descubra nos meus versos tortos, o que está aqui dentro, visualize o baú! Não farei nenhuma promessa, não vou mudar nada! As decisões que devem ser tomadas, serão tomadas, o que puder deixar de lado, vou deixar, mas por favor não permita que nenhum momento eu pare de escrever, nem de sentir, nem de viver...

A todos um Feliz 2008!

Nos vemos nas palavras e páginas da nossa história!

Se precisarem, estou aqui com lápis e borracha (por aqui teclado)... e para algumas coisas caneta (mouse)!

Resumindo...

-->








Passei por muitas experiências, vivi algumas ao extremo, sorri, chorei, tentei, busquei, mudei, mudaram, senti, cuspi, alegria, felicidade, lágrimas, tristeza, raiva e rancor, por que tudo isso? Por que eu preciso escrever! Sim, ouvi esses dias que o poeta se faz na dor, e é verdade! Talvez seja difícil entender ou explicar, mas todo aquele que se propõe a escrever, ao qual os outros chamam de poeta (embora nem sempre você acredite que seja) deve viver antes de escrever!
É simples assim, como falar de amor, quem sequer se apaixonou? Como falar em abandono, quem nunca se sentiu ao lado de alguém? Como falar em luta, se nunca se esteve na guerra? O preço é alto, e é difícil de entender! Quantas vezes me questionei o óbvio? Quantas vezes me perguntei que agonia era essa? Por que insisti? Por que fui insana? Por que tive a tranqüilidade nas mãos e escolhi a incerteza? Por que ouvi a mesma música todos os dias e a cada dia ela tinha um significado diferente? Por que corri atrás do impossível? Por que ouvi coisas como cabeçuda? Por que deixei que subestimassem minha inteligência? Por que me fiz de fraca? Por que fui forte e durona? Por que tentei? Por que esqueci? Por que não mudei o rumo? Por que não fiz o que todos fariam?
Por que precisava escrever, provar para mim mesma que podia ser diferente e feliz, a dor acompanha os poetas, não posso abrir mão dela, posso afirmar com convicção e certeza de que fui muito feliz e serei mais ainda. E sou consciente de que poucos irão entender, talvez nem eu mesma entenda, mas eu preciso escrever! Ainda que me julguem louca, ainda que passe por burra, ainda que eu tenha que continuar abrindo mão de tudo sempre... vale a pena se eu puder escrever sobre isso...
Então se quiser saber onde estou e como será meu próximo ano, procure nas minhas linhas, descubra nos meus versos tortos, o que está aqui dentro, visualize o baú! Não farei nenhuma promessa, não vou mudar nada! As decisões que devem ser tomadas, serão tomadas, o que puder deixar de lado, vou deixar, mas por favor não permita que nenhum momento eu pare de escrever, nem de sentir, nem de viver...
A todos um Feliz 2008!
Nos vemos nas palavras e páginas da nossa história!
Se precisarem, estou aqui com lápis e borracha (por aqui teclado)... e para algumas coisas caneta (mouse)!